Na abertura do I Encontro Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) destacou que combate à escravidão é uma obrigação do poder público e um desafio a sociedade
Cerca de 300 trabalhadores rurais, camponeses, sem terras e atingidos por barragens ocuparam a sede do Banco do Brasil, no município de Governador Valadares, em Minas Gerais, para reivindicar a renegocição das dívidas da agricultura familiar.
Os manifestantes denunciam o modelo do agronegócio e os privilégios desse sistema agrícola capitalista.
Os estados e as grandes regiões presentes na II Assembleia Popular Nacional já vinham se organizando e se mobilizando há algum tempo, para trazerem pautas e discussões para a grande Plenária.
Um deles foi o estado de Minas Gerais. Durante todo o ano de 2009, os movimentos que fazem parte da Assembleia Popular (AP) no estado, organizaram algumas Assembleias temáticas, onde discutiram desde a questão ambiental até o projeto popular para a educação na região, além da questão da moradia.
. Ao povo brasileiro e às organizações populares do campo e da cidade
O atual modelo agrícola imposto ao Brasil pelas forças do capital e das grandes empresas é prejudicial aos interesses do povo. Ele transforma tudo em mercadoria: alimentos, bens da natureza (como água, terra, biodiversidade e sementes.) e se organiza com o único objetivo de aumentar o lucro das grandes empresas, das corporações transnacionais e dos bancos.
Há dois anos, um trabalhador teve o rosto, braços e tórax queimados, repetidas vezes, com ferro de marcar gado em brasa em uma fazenda no Pará. Seu crime? Ter reclamado dos três meses de salários nunca pagos e da falta de comida decente para ele e os colegas. A sessão de tortura teria sido realizada pelo próprio dono da fazenda com a ajuda de capatazes. Para mostrar quem manda e quem obedece.
As famílias de trabalhadores assentados em projetos de Reforma Agrária reivindicam a renegociação das suas dívidas.
De acordo com José Valdir Misnerovicv, coordenador nacional do MST, em algumas regiões do país 60% das famílias assentadas não conseguem pagar as dívidas que contraíram por meio de solicitação de empréstimos.
“Somente com a renegociação dessa dívida é que estas famílias poderão continuar acessando novos créditos e, dessa forma, seguir fortalecendo a cada dia sua produção”, complementou Misnerovicv.
Centenas de camponeses ligados à Via Campesina protestam nesta quarta-feira (26/5) em todo o Rio Grande do Sul por mais investimentos do governo federal na agricultura camponesa.
Bloqueios de rodovias e protestos integram as mobilizações, que ocorrem em Canguçu (na Região Sul), Santa Cruz do Sul (Vale do Rio Pardo) e Iraí, na divisa com Santa Catarina (confira os locais no final no texto).
Os pequenos agricultores, atingidos por barragens e assentados da reforma agrária exigem rebate de até R$ 10 mil nas dívidas.
Os assentados do MST fazem protestos em agências do Banco Brasil em Mosqueiro, distrito de Belém e em Parauapebas, no sul do Pará, na manhã desta quarta-feira.
As famílias assentadas participam exigem negociação das dívidas dos assentados da região e defesa dos investimentos em políticas sociais.
A jornada dos assentados cobra do governo federal a realização da Reforma Agrária e investimentos para o fortalecimento dos assentamentos na áreas de habitação, infra-estrutura e produção agrícola.
Abaixo, as principais reivindicações dos assentados:
Mais de 200 famílias camponesas de diversas regiões do estado de Minas Gerais estão ocupando a BR 365, próximo ao trevo na saída para Pirapora, no município de Montes Claros, Minas Gerais, desde as 6h30 desta quarta-feira, 26 de maio.
Com esse mesmo espírito de luta e cansados de serem esquecidos os camponeses do Vale do Rio Doce também ocupam agências do Banco do Brasil, com o objetivo de renegociarem suas dívidas, já que o governo prioriza o perdão das dívidas somente para os latifundiários e empresários rurais.
O Juiz Ayrton Tenório da Vara Agrária determinou para hoje a reintegração de posse da Fazenda Serra Verde localizada no município de Messias, zona da mata de Alagoas, e a retirada das 50 famílias acampadas.
A ocupação ocorreu em março deste ano e tem o apoio da Comissão Pastoral da Terra e do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).
A propriedade encontra-se penhorada no Banco do Brasil e no Banco do Nordeste e em estado de abandono, com a presença dos camponeses nas terras foi iniciado o plantio de macaxeira, feijão e milho.
Mais de 20 estudantes do curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins (UFT), de Palmas (TO), visitaram o assentamento Padre Josimo Tavares no domingo para conhecer um pouco a realidade do camponês e também o trabalho desenvolvido pelo Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). A visita foi organizada pela professora da disciplina de Direito Agrário, Shirley Silveira Andrade, juntamente com o MST.
Desde esta terça-feira (25/5), cerca de 500 delegados de todos os Estados do país participam da II Assembléia Popular Nacional – Na construção do Brasil que queremos, em Luziânia (GO).
Com a exposição que analisou o contexto conjuntural e estrutural da sociedade, ficou clara a polarização entre os projetos em disputa em nível global.
. 1 – PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS - Um salário mínimo por família por mês para cada família camponesa, por propriedade, lote ou posse que faça a preservação ambiental.
O camponês tem direito a ser pago pelo Estado e pelos setores poluidores e devastadores por estar conservando e preservando o meio ambiente.
Para muitas pessoas que estão Marabá em busca de uma oportunidade para estudar e/ou conseguir um emprego para se manter sobrevivendo, mergulhadas na busca de superação das dificuldades enfrentadas no dia a dia, talvez seja difícil entender o esforço coletivo que os trabalhadores rurais sem terra desenvolvem para o enfrentamento da realidade.
Ouvimos de muitas pessoas, que por sua ignorância na forma de enxergar o mundo e de entender o que passa na vida dos outros, palavrões contra aqueles jovens, aquelas crianças, pais e mães de famílias, acampadas nas dependências do Incra.
O MST comemorou seus 25 anos, com um belo ato neste dia 25 de maio, retomando o vigor da mística e a história de companheiros e companheiras.
O Movimento nasce no Estado no momento em que pistoleiros atearam fogo numa ponte, para impedir a passagem de milhares de famílias que davam outro sentido a suas vidas.
É com esse resgate, respeito e carinho, que se inicia a retomada da história desses homens e mulheres, que há 25 anos entraram em uma luta por melhoria de suas vidas e a construção de uma nova sociedade.
Começou na manhã desta terça-feira (25/5) a II Assembléia Popular Nacional – Mutirão por um novo Brasil, cinco anos após a realização da primeira deste tipo. “Caminhamos!”, anunciou o porta-voz da recepção.
E continuou: “com a coragem de Tupac Amaru e todos os povos indígenas, dos negros quilombolas e sua Umbanda, dos guerreiros de Canudos, dos operários em greve, da juventude e suas conquistas, de uma Igreja que se aliança com o povo, espalhando um Cristo libertador, caminhamos inspirados por todos os lutadores e lutadoras do povo!”
O desenvolvimento de técnicas que não degradem o meio ambiente e que sejam mais saudáveis para a saúde humana são os temas mais importantes da 9ª Jornada de Agroecologia.
Para o integrante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Paraná, Luiz Pirin, a intenção é envolver as universidades para que sejam desenvolvidas pesquisas sobre o efeito dos transgênicos e dos agrotóxicos na saúde humana.
Na manhã desta quarta-feira, dia 24, representantes da A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco (Fetraf PE) realizaram uma reunião com a Secretaria de Defesa Social (SDS).
Em setembro de 2010 os brasileiros manifestarão sua opinião em um Plebiscito Popular, com a proposta de se colocar um limite à propriedade da terra. Este foi um dos compromissos assumidos pelos participantes do III Congresso Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), finalizado neste final de semana, na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais.
De acordo como integrante da coordenação nacional da CPT, Dirceu Fumagalli, a consulta popular se dará com foco na defesa das bandeiras de luta dos camponeses.
Pessoas que vivem em regiões do estado do Mato Grosso onde há muitas plantações de soja, milho e algodão, têm três vezes mais chances de se intoxicarem por causa dos agrotóxicos. Os venenos, aplicados nessas lavouras, estão causando nas populações mais diarréia, vômitos, desmaios, mortes, distúrbios cardíacos e pulmonares – se comparadas às populações menos expostas aos agrotóxicos.
De 25 a 27 de maio, representantes do governo, de organizações de empregadores e da sociedade civil se reunem em Brasilia no I Encontro Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, para debater um tema que, em pleno século XXI, ainda preocupa o Brasil.
Promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o encontro reunirá especialistas para discutir as formas de combate a esta grave violação dos direitos humanos.
Os representantes da Sociedade Civil Organizada que almejam e sonham com um Brasil democrático, soberano, solidário e garantidor do exercício de direitos fundamentais, inspirados nos princípios da liberdade, igualdade, dignidade da pessoa humana e justiça social para todos os brasileiros, foram surpreendidos com a prisão arbitrária, por suposto porte ilegal de armas, dos dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem –Terra- MST- Regional do Sudoeste da Bahia:
Antônio Marcos Barbosa dos Santos,
Fábio dos Santos Silva, Flávia Silva,
Jailton Alves Brito
O encontro acontecerá durante os dias 25 a 28 de maio, reunindo cerca de 600 militantes ligados aos movimentos e pastorais sociais, entidades e organizações populares de todo o país no CTE/CNTI, em Luziânia (GO).
Apontar os possíveis caminhos para um Brasil mais justo e que esteja a serviço do bem comum da população; resgatar o tema da esperança para o debate das lutas do povo e promover a articulação das organizações populares do país diante da atual conjuntura política são os principais objetivos da II Assembléia Popular Nacional.