A CPT de Marabá denuncia que a violência contra os Sem Terra continua no Pará, em nota lançada no dia 17 de abril, quando completou 15 anos Massacre de Eldorado dos Carajás, que deixou 21 Sem Terra mortos em operação da Polícia Militar do Pará.
"O massacre não interrompeu o ciclo de violência conta os trabalhadores. Nesses 15 anos pós massacre 459 fazendas foram ocupadas por 75.841 famílias sem terra em todo o Estado", afirma a nota.
No dia 17 de abril de 1996, 19 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram assassinados e 69 foram feridos pela Polícia Militar do estado do Pará.
Passados 15 anos do episódio – conhecido como Massacre de Eldorado do Carajás – nenhum dos envolvidos nos assassinatos está preso. Diante dessa inoperância e morosidade da Justiça, artistas de todo o Brasil exigem a condenação dos responsáveis pelo Massacre.
O centro cultural da juventude, batizado como o nome do comandante Che Guevara, foi inaugurado na tarde de quarta-feira, no Assentamento 17 de Abril, onde acontece o 6ª Acampamento da Juventude do MST Oziel Alves Pereira e as atividades da Semana da Luta Camponesa e Reforma Agrária no Pará.
No ato de inauguração, cerca dos 300 jovens, que estão acampados, saíram em marcha pelo assentamento entoando cantos sobre a importância do papel da juventude no processo de transformação do país.
As famílias sobreviventes do massacre de Eldorado dos Carajás, organizadas pelo MST, lançam um manifesto à sociedade paraense e aos órgãos competentes ao assunto para marcar os 15 anos da tragédia, a impunidade dos responsáveis pelas mortes, a consolidação do Assentamento 17 de Abril e da luta pela Reforma Agrária nos últimos anos no estado.
Ao andar pelas ruas da vila do Assentamento 17 de Abril ainda se escuta, mesmo após 15 anos, muitas histórias sobre a marcha que culminou no massacre da "Curva do S", na rodovia PA-150, em Eldorado do Carajás, no Pará.
Dúvidas ainda pairam no ar para as pessoas que estiveram no dia quanto ao número oficial de mortos divulgados pelo Estado, pois há crianças, homens e mulheres desaparecidos que não estavam na lista dos mortos e, tampouco, foram encontrados dias depois.
Entre os dias 10 a 17 de abril, o MST realiza a Semana Nacional de Luta Camponesa e Reforma Agrária no Pará, contando uma série de atividades que marcam os 15 anos do Assentamento 17 de Abril, como também relembra o Massacre de Eldorado de Carajás, mundialmente conhecido, onde 19 vidas foram ceifadas e 69 pessoas mutiladas e os culpados até hoje impunes.
Por Joâo Marcio
Da Página do MST
Uma alvorada de fogos na manhã de 5 de novembro marcou os 15 anos da ocupação que deu origem ao acampamento 17 de abril, que reuniu 690 famílias.
O nome do acampamento relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido seis meses após a ocupação no município.
Parte do antigo complexo da Fazenda Macaxeira, de 20 mil hectares de terras griladas improdutivas, destinadas ao assentamento, foram divididos em lote urbano e rural.
Por Carlos da Costa Silva
Da Página do MST
A Escola Oziel Alves Pereira, localizada no Assentamento 17 de Abril, no Pará, realizou entre os dias 23 e 28 de setembro o Projeto de "Preservação do Patrimônio Escolar".
Apesar do pouco tempo de funcionamento - foi inaugurada no início deste ano – a Oziel Alves, considerada a maior escola do campo do Estado, possui uma rede de apoio.
Pais e alunos estão mobilizados para manter o espaço conservado.
Da Página do MST
Mais de 1.000 trabalhadores e trabalhadoras organizados pelo Movimento dos Conselhos Populares (MCP) e pelo MST, que fazem parte da Comuna da Terra 17 de Abril, localizada no Bairro José Walter, ocuparam a Secretaria de Cidades do Governo do Ceará.
O MST e MCP reivindicam o assentamento imediato das famílias que ocupam uma área improdutiva, de mais de 700 hectares, além de construção de moradias.
A cidade de Fortaleza está entra as mais desiguais do País, com cerca de 96 áreas de risco, segundo a Defesa Civil.
Assista abaixo ao vídeo da Intervenção do grupo Levanta Favela em memória das vítimas do Massacre de Eldorado de Carajás. A ação aconteceu na "Esquina Democrática" (Av. Borges de Medeiros X Rua dos Andradas), em Porto Alegre, no dia 17 de abril de 2010.
Em 17 de abril de 1996, policiais militares do Pará - respaldados pelo então governador, Almir Gabriel (ex-PSDB), e o secretário de Segurança, Paulo Sette Câmara - promoveram o Massacre de Eldorado de Carajás, que ganhou repercussão internacional e deixou marca na história do país, ao lado do Massacre do Carandiru (1992) e da Chacina da Candelária (1993), como uma das ações policiais mais violentas do Brasil. Em 2002, o presidente FHC instituiu essa data como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.
Neste sábado (17/4), o MST em Pernambuco promove um ato em homenagem ao Dia Internacional de Luta por Reforma Agrária e aos 19 companheiros mortos em Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996.
A melhor homenagem que se pode fazer a um(a) lutador(a) é seguir lutando. Por isso, a Via Campesina Internacional instituiu o 17 de abril como o Dia Internacional da Luta Camponesa.
Em celebração ao Dia Nacional de luta pela Reforma Agrária, o MST DF e Entorno realizará amanhã (17/4) um grande mutirão de trabalho voluntário no pré-assentamento Oziel Alves 2, em Planaltina (DF). Na ocasião, um pomar ecológico será implantado, seguido de almoço e debates sobre educação e agroecologia.
A atividade integra a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária , em memória ao massacre de 19 Trabalhadores (as) Rurais Sem Terra mortos em Eldorados dos Carajás (PA), em 17 de abril de 1996.
Desde 2006, quando o massacre de Eldorado do Carajás completou 10 anos, o MST realiza no Pará o Acampamento Pedagógico da Juventude Camponesa, com diversas atividades.
Neste ano, em sua quinta edição, o Acampamento acontece desde o último sábado (10/4) na entrada do assentamento 17 de abril (PA 275), onde hoje estão assentadas as 699 famílias que conquistaram a terra logo após o massacre.
Do blog Vi o mundo Por Conceição Lemes
17 de abril de 1996. Cerca de 1.500 famílias de trabalhadores rurais sem-terra estão acampadas há mais de um mês no município de Eldorado dos Carajás, sul do Pará. Reivindicam a desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira.
A Via Campesina lançou convocatória para o Dia Internacional de Lutas Camponesas, que acontecerá no dia 17 de abril, a suas organizações membros, seus aliados e todos os que querem apoiar o movimento e lutar contra as transnacionais que se apoderam dos sistemas de alimentação e agricultura em todo o mundo.
Leia abaixo a convocatória.
“Não ao controle da Agricultura e da Alimentação Pelas Transnacionais!”
Da CPT
Por pouco não termina em tragédia uma ação das Polícias Militar e Civil do estado do Pará, na curva do “S”, mesmo local onde ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996. O fato lamentável ocorreu na tarde da última sexta-feira (06/11), no momento em que mais de mil trabalhadores ligados ao MST faziam uma manifestação pacífica no local.
Por Felipe Corazza Barreto,
do Terra Magazine
No dia 17 de abril de 1996, 19 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, foram mortos na Curva do S, trecho da rodovia PA-150, perto de Eldorado dos Carajás, no Pará. Mais de 11 anos depois, todos os policiais que participaram da ação estão impunes, apesar de o laudo do Instituto Médico Legal ter apontado que muitos dos mortos foram executados a sangue frio.
Em artigo, escritor comenta sobre o surgimento do MST e o processo de luta que tornou a organização importante protagonista na luta de classes brasileira
"A partir da conquista dos primeiros assentamentos, fomos avançando na organização das comunidades, com base naquilo que era a demanda da vida das famílias", escreve Sem Terra
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Abertura nacional da 10ª Jornada Universitária por Reforma Agrária foi realizada nesta segunda (17), no campus Planaltina, com mística e mesa de abertura transmitidas ao vivo pela TV UnB
Atividade realizada hoje (17), debateu políticas públicas para produção de alimentos e arrecadação de terras públicas para a Reforma Agrária. Um documento com pautas foi entregue às autoridades presentes
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Programa que completa 25 anos neste domingo (16), é fruto da luta coletiva do MST e dos movimentos populares e sindicais do campo, pelo direito à educação pública da infância à universidade
Cerca de 20 toneladas de alimentos são partilhadas com famílias ameaçadas de despejo na capital, entre as atividades que se iniciam na próxima segunda-feira (17)
Abril é o mês da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, organizada pelo MST em todo o país, reafirmando a centralidade da luta pela terra no Brasil. Com o lema: “Contra a fome e a escravidão: por terra, democracia e meio ambiente!”, a Jornada em 2023 pauta a partir das ações de denúncia, o enfrentamento ao agronegócio, que domina a lista suja do trabalho escravo e não produz alimentos para a mesa do povo brasileiro.
Demarcando o dia 17, marco em memória aos companheiros assassinados na luta pela terra há 27 anos, no massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, quando 21 trabalhadores rurais foram mortos pela Polícia Militar - motivados por fazendeiros – enquanto protestavam por Reforma Agrária.
A coluna deste abril traz um balanço das Jornadas de Luta das Mulheres Sem Terra e um histórico do protagonismo feminino nas lutas, apagadas pelo patriarcado, mas não silenciadas
"Em todos os amanheceres" de "28 de março, é de 1968 que lembramos, da voz e da luta do estudante secundarista Edson Luís, assassinado pela ditadura-empresarial-militar em um protesto contra o preço da comida no Restaurante Calabouço", no RJ
Em cidades do Maranhão e de Alagoas, estados com índices graves de fome, chega a faltar comida nas escolas. E nossas repórteres encontram milhares de reais parados nas contas das prefeituras