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Reforma agrária é demanda atual

Para José Batista a reforma agrária no Brasil está paralisada, por isso a luta dos trabalhadores Sem Terra é a única forma de avançar rumo a uma política de democratização da terra. Segundo ele, o atual modelo da grande monocultura hegemonizada pelo “velho latifúndio”, que ganhou o apelido de agronegócio, não tem perspectiva nem de geração de empregos e nem de produção de alimentos. Por isso, é preciso superá-lo.

Por Valéria Nader
do Correio da Cidadania

Sem enfrentamento, não há reforma agrária

Valéria Nader
Correio da Cidadania

O mês de abril, em que tradicionalmente se intensificam as manifestações de movimentos sociais desde o episódio de Eldorado dos Carajás, e que neste ano teve a maior onda de protestos e ocupações do MST desde a chegada de Lula ao poder, trouxe à baila a polêmica sobre a reforma agrária em nosso país. Para comentar a esquizofrênica realidade em que está envolto esse debate, conversamos com o geógrafo aposentado da USP, um dos mentores do I Plano Nacional de Reforma Agrária do governo Lula, Ariovaldo Umbelino.

Monopólio no setor alimentício

Gisele Barbieri
RAdioagência NP

A recente compra da rede brasileira de hipermercados Atacadão pela rede francesa Carrefour, tornou os franceses líderes no ramo de vendas do setor alimentício no Brasil. O negócio fechado por cerca de R$ 2,2 bilhões garantiu ao Carrefour ampliar sua rede de hipermercados em todo o país. Porém, esta liderança, segundo economistas, pode decretar também um monopólio no setor, estipulando preços mais altos e menores opções de oferta à população.

Cultura de monocultivo é sempre um risco

Na manhã de terça-feira, dia 6, as mulheres da Via Campesina realizaram quatro ocupações de terra no Rio Grande do Sul. As manifestações fizeram parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Via Campesina. As mulheres lutam pelo fim do "deserto verde" que prejudica tanto as pequenas plantações e o clima do planeta. Em entrevista, a bióloga Luiza Chomenko, fala sobre o problema das monoculturas, as alternativas para o agronegócio e a silvicultura no Rio Grande do Sul.

Entrevista realizada pelo site IHU On Line

Confira a entrevista.

Pela Soberania Alimentar dos Povos

Por Sebastian Valdomir
REDES - Amigos da Terra - Uruguai

Para o dirigente do MST e da Via Campesina, João Pedro Stedile, o Fórum de Soberania Alimentar que aconteceu no final de fevereiro em Mali, na África, foi um importante momento na articulação entre redes internacionais e movimentos sociais que tem um objetivo comum: conquistar a soberania alimentar.

O direito dos povos à sua soberania alimentar

Por Daniela Stefano

A soberania alimentar é um direito dos povos de todo mundo. Somente através dela a população tem a possibilidade de definir suas próprias políticas agrícolas e proteger sua produção e sua cultura. Para fortalecer o debate e as ações que lutem pelo direito dos povos na produção dos alimentos é que vai acontecer fevereiro, em Mali, na África, o Fórum Mundial de Soberania Alimentar.

“Inimigo é a parceria entre latifúndio, agronegócio e empresas transnacionais”

Fonte Fazendo Media

Marina dos Santos, integrante da Coordenação Nacional do MST, é filha de um pequeno agricultor catarinense que perdeu a terra na década de 1980 por dívidas, contraídas para desenvolver o plantio. Depois disso, ela e sua família foram para a cidade trabalhar como bóias-frias. Em 1989, decidiu ser freira para poder trabalhar e estudar. Aos 15 anos, foi com um padre a um acampamento e, quando viu a forma de organização no local, entrou para o MST.

Quais as diferenças entre o governo FHC e o governo Lula, no que diz respeito ao MST?

Propriedade que não cumpre função social deve ser ocupada

De acordo com a Constituição Federal, terras que não cumprem sua função social devem ser destinadas à Reforma Agrária. Para o MST, lembrar do artigo 184 é reiterar que a reestruturação fundiária é urgente e necessária no Brasil. “Toda propriedade que não cumpre com sua função social pode e deve ser ocupada pelos trabalhadores rurais sem terra”, afirma Juvelino Strozake, advogado e integrante do Setor de Direitos Humanos do Movimento Sem Terra. Leia abaixo a entrevista completa sobre o tema:

O que a Constituição entende por função social da terra?

“É o povo quem faz a mudança”, diz Stedile

Por Carolina Rangel e Rafael Martí

Entrevista de João Pedro Stedile, integrante da direção nacional do MST, ao Jornal dos Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro.

Qual a sua avaliação da Reforma Agrária no governo Lula?

A crise na agricultura brasileira

O integrante da direção nacional do MST, João Pedro Stedile, analisa na entrevista abaixo a crise da agricultura brasileira. Para ele, a situação atual do agronegócio tem raízes na dependência às empresas transnacionais, que controlam os comércio agrícola e o fornecimento de insumo aos produtores de monocultura para exportação. Dessa forma, ficaram reféns da dinâmica do mercado internacional de preços, que abalaram os lucros do setor.

Movimentos sociais continuarão pressionando, diz especialista

Fonte Valor Econômico

Leia abaixo a entrevista com Marco Antonio Mitidiero, professor da Universidade Federal da Paraíba e autor da tese de mestrado "As Contradições da Luta Pela Terra: o caso do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST)".

No final de sua tese, o senhor diz que a chegada ao poder do PT amenizaria as táticas do MLST. Por que isso não aconteceu?

Brasil não tem política para agroecologia

Por Rodrigo Ponce e Solange Engelmann

A agroecologia é um projeto que se desenvolve com rapidez entre os trabalhadores e as trabalhadoras rurais. “A agroecologia é uma forma de trabalhar a agricultura que se baseia em dois campos do conhecimento: o tradicional e o científico”, afirma o técnico agropecuário José Maria Tardin. Formado em 1979, ele tomou contato com a agroecologia em 1993. Desde 2005, Tardin integra o setor de produção, cooperação e meio-ambiente do MST e faz parte da equipe pedagógica da Escola Latino-Americana de Agroecologia, onde dá aulas.

Ariovaldo Umbelino: soberania alimentar requer rompimento com o agronegócio

Por Valéria Nader
Fonte Correio da Cidadania

Ariovaldo Umbelino, professor aposentado do instituto de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), fala nessa entrevista sobre as reivindicações recentes dos agricultores no Brasil e sobre as mazelas deixadas pelo agronegócio, além de criticar a atuação do governo Lula em relação à Reforma Agrária.

Sociedade dá condições para MST continuar lutando

Entrevista com Marina dos Santos, integrante da Direção Nacional do MST, publicada pela Rits.

Você acredita que os métodos de reivindicação e pressão que o MST usa têm se mostrado eficientes?

Governo ainda não resolveu a questão agrária

Leia abaixo entrevista com Marina dos Santos, integrante da direção nacional do MST, sobre as mobilizações do Movimento neste mês.

Em março o MST fez ocupações simultâneas em 17 estados. Por quê?

Lentidão na mudança dos índices de produtividade é questão política

Leia abaixo entrevista com João Paulo Rodrigues, integrante da direção nacional do MST sobre a necessidade da atualização dos índices de produtividade.

A mudança dos índices de produtividade é um dos sete pontos acordados com o governo na chegada da Marcha Nacional pela Reforma Agrária, em maio do ano passado. Por que a demora? Quais são os interesses envolvidos por trás?

A situação agrária em Pernambuco

Entrevista de Jaime Amorim, da direção nacional do MST, à Agência Rets

O que aconteceu exatamente nas terras ocupadas? Houve algum tipo de violência?

Balanço é pessimista, diz João Paulo Rodrigues

O Movimento Sem Terra está pessimista em relação à Reforma Agrária do governo Lula. É o que afirmou o integrante da coordenação nacional do movimento, João Paulo Rodrigues.

Segundo Rodrigues, o atual governo reproduz os conceitos do período de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que reduzia um processo efetivo de Reforma Agrária ao cumprimento de metas.

Ao agronegócio tudo é permitido

Por Marcelo Medeiros
Fonte Rets

Coordenador da Campanha contra o Trabalho Escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frei Jean Marie Xavier Plassat é um dos maiores especialistas no assunto do Brasil. Já viajou por diversas partes do país acompanhando ações contra uma prática que, infelizmente, ainda é presente em vários estados. Em entrevista, o religioso é pessimista em relação ao fim desse crime no Brasil em um curto espaço de tempo.

Prioridade do governo é apoio ao agronegócio, afirma Stedile

Por Fritz Utzeri
Fonte Montbläat

Considerando que o direito à propriedade é um dos pilares do sistema capitalista, como se pode qualificar de comunista um movimento que, como o MST, se propõe a expandir esse direito? Qual é o conceito de "terra improdutiva" que justifique as ocupações seguidas de desapropriação para efeitos de Reforma Agrária? Qual é o tamanho real do problema?

Os dirigentes se acomodaram ao conquistar o poder

Por Daniel Cassol
Fonte Brasil de Fato

Baiano de Santa Maria da Vitória, Clodomir Santos de Morais, 77 anos, é a memória viva das Ligas Camponesas. PhD em sociologia e professor da Universidade Federal de Rondônia, ele viaja o Brasil lançando o seu Dicionário de Reforma Agrária – América Latina, publicado pela primeira vez na década de 1970, em espanhol, e só agora editado em português. Nesta entrevista, Clodomir analisa parte da trajetória das Ligas Camponesas, critica a acomodação das classes dirigentes quando chegam ao poder e aponta caminhos para a luta popular no Brasil.