Na manhã desta terça-feira (13/4), trabalhadores rurais Sem Terra promoveram mais duas ocupações de latifúndios no estado da Paraíba.
No município de Cabaceiras, 63 famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda Jacaré, que possui 2.730 hectares. O proprietário, Nilton de Sousa Leal, possui várias fazendas pela região e concentra em seu domínio mais de sete mil hectares de terra. A situação está tensa no local.
No município de Algodão de Jandaira, 35 famílias ocuparam a Fazenda Serra Preta.
Chega a cinco o número de ocupações na Paraíba
Sem Terra de Alagoas ocuparam, na manhã desta segunda-feira (12/4), dois latifúndios improdutivos no interior do estado. As mobilizações, que vão durar todo o mês de abril, já aglutinam cerca de 150 famílias Sem Terra. Em Alagoas, 5890 famílias aguardam a execução da Reforma Agrária pelo governo.
Famílias Sem Terra ocuparam mais sete latifúndios em Pernambuco nesta segunda-feira (12/4). Com as ações de hoje chegam a 15 as ocupações da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado. As ações já envolveram cerca de 2 mil famílias Sem Terra.
Ocupações em todas as regiões
Nesta segunda-feira (12/4), 300 famílias montaram acampamento na rodovia PB-415, próximo ao município de Uiraúna, sertão da Paraíba, para reivindicar a desapropriação de três imóveis rurais: a fazenda Rio do Peixe, com 900 hectares, a fazenda Val Paraíso, com 1500 hectares, e a fazenda Canadá, com 700 hectares. Já na região do Vale do Piancó, 60 famílias ocuparam a fazenda Riachão, no município de Ibiara.
No primeiro dia da Jornada de Lutas por Reforma Agrária em Pernambuco, o MST ocupou oito latifúndios em todo o estado.
Na Zona da Mata, foram três Engenhos ocupados por famílias Sem Terra: no município de Maraial, Mata Sul, cerca de 100 famílias ocuparam o ENGENHO SÃO SALVADOR; no município de Moreno, 130 famílias reocuparam o ENGENHO POÇO DE ANTA, pertencente à Usina Bulhões, de propriedade de
Roberto Lacerda Beltrão; e no município de Gameleira, cerca de 80 famílias ocuparam o ENGENHO PACA.
Por João Pedro Stedile
MENSAGEM DE JOÃO PEDRO STEDILE AO BLOG DE LUIS NASSIF
Estimado Luis Nassif,
Tenho lido com alguma frequência seus artigos e cumprimento por sua clareza, determinação e coragem. Vi um comentário recente (em http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/28/sobre-manifestacoes-e-estrategias-politicas/ ), que faz referência a declarações que eu teria dado ao Zero Hora, de Porto Alegre, fazendo uma suposta autocrítica sobre as ocupações de terra.
É com grande alegria que comunicamos aos amigos e amigas do povo de Dandara e a toda sociedade que foi garantida pelo poder Judiciário (1ª instância), em caráter liminar, a permanência dos moradores da Comunidade na área objeto de litígio, independente das medidas judiciais em curso.
A Dandara hoje abriga 887 famílias sem-casa e sem-terra (cerca de 5 mil pessoas) que ocupam um latifúndio urbano no bairro Céu Azul, região da Nova Pampulha, em Belo Horizonte (MG) .
Mais do que isso, a Justiça determinou que:
Cerca de 150 integrantes do MST ocuparam, nesta quinta-feira (25/3), o latifúndio Fortaleza de Sant’Anna, em Goianá, na Zona da Mata, a 287 quilômetros de Belo Horizonte.
Em nota, os trabalhadores Sem Terra afirmam que “a ocupação desse latifúndio abre nossa jornada de lutas em Minas Gerais. Esperamos que todos os lutadores e lutadoras do povo contribuam divulgando o ato e cobrando das autoridades a imediata desapropriação das terras improdutivas”.
Leia abaixo a íntegra do manifesto.
Por Wellington Emiliano Morais*
A cada dia, a sociedade brasileira se entorpece mais com os desserviços que algumas empresas de comunicação promovem. Os seus conteúdos parecem não estar relacionados entre si, tudo é organizado com a intencionalidade de não haver conexão, soltos, prontos para serem consumidos pelos indivíduos que os tem em mãos.
Os indivíduos que consomem esse produto entram em estado de anestesiamento perante a realidade que os confronta, tendo apenas sentimentos melancólicos com o mundo em sua volta.
Da CPT
Os trabalhadores rurais continuarão ocupando a Prefeitura de São Miguel dos Milagres em busca de melhorias nas estradas de acesso dos assentamentos até à cidade.
Cerca de 30 trabalhadores rurais estão ocupando a Prefeitura de São Miguel dos Milagres desde a manhã desta terça-feira (23/3). Eles recebem o apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e reivindicam a melhoria das estradas, que ligam os assentamentos Quilombo dos Palmares e Jubileu 2000 à cidade.
Da CPT
Desde o ano passado, os agricultores buscam melhorias nas estradas que dão acesso até a cidade. A comercialização dos produtos agrícolas, acesso à saúde e escolas estão prejudicados.
Trabalhadores rurais que moram nos assentamentos Quilombo dos Palmares e Jubileu 2000, que possuem 71 famílias acompanhadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT-AL), estão ocupando desde as primeiras horas desta terça-feira (23/3) a Prefeitura de São Miguel dos Milagres. Mais uma vez, eles reivindicam a melhoria das estradas e a manutenção das pontes que dão acesso até a cidade.
Cerca de 800 representantes de comunidades atingidas por barragens ocuparam nesta manhã (17/3) o escritório da Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF, em Sobradinho (BA). Eles reivindicaram a paralisação imediata dos projetos de construção das barragens de Riacho Seco e Pedra Branca, que ameaçam cerca de 20 mil pessoas, e a suspensão do projeto de Transposição do Rio São Francisco. Além disso, exigem da CHESF o pagamento das dívidas com os atingidos pelas barragens de Sobradinho e Itaparica, construídas nas décadas de 1970 e 1980.
Da CPT/ AL
Cerca de 100 famílias camponesas ocuparam, no último sábado (13/3), as terras da antiga Usina Bititinga, localizada no município de Messias (AL), falida desde 1994. Trata-se de uma ação conjunta envolvendo a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) de Alagoas.
O imóvel rural foi penhorado na Caixa Econômica, possui várias dívidas e uma parte do território foi arrendada pela Usina Santa Clotilde. Há vários anos o local encontra-se em estado de abandono, coberto por pasto e cana de açúcar.
Da CPT
Cerca de 400 mulheres ocuparam na manhã desta segunda-feira (8/3), a Secretaria de Agricultura e Reforma Agraria do estado de Pernambuco. A ação fez parte da “Jornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina contra o Agronegócio e contra a Violência: por Reforma Agrária e Soberania Alimentar”, em comemoração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres.
O assentado José Aparecido Costa da Silva, preso desde 28/2, deixou na tarde desta terça-feira (9/2) a delegacia distrital de São Miguel dos Campos.
A libertação do Sem Terra aconteceu após um acordo firmado em juízo entre o MST, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Associação de Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Capim. A reunião entre as partes aconteceu pela manhã no fórum da Comarca de Água Branca.
Mulheres do MST reocuparam nesta terça-feira (8/3), com mais de 90 famílias, o engenho Cachoeira Dantas, localizado no município de Água Preta, mata sul de Pernambuco.
Cerca de 250 agricultores assentados em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, protestam desde a manhã desta segunda-feira (8/3) contra as más condições das estradas dos assentamentos. Eles ocuparam o pátio da Secretaria de Obras do município às 8h e passaram a noite no local.
Cerca de 800 agricultores atingidos por barragens ocuparam, nesta segunda-feira (8/3), a hidrelétrica de Manso, no Mato Grosso. Eles pressionam para o cumprimento do Termo de Acordo Global, feito em 2005, e que ainda não foi cumprido pela empresa estatal Furnas.
Cerca de 400 mulheres da Via Campesina ocupam, desde a manhã desta segunda-feira (8/3), a sede da Secretaria de Agricultura do Estado de Pernambuco, no bairro do Cordeiro, Recife. A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina contra o Agronegócio e contra a Violência: por Reforma Agrária e Soberania Alimentar, em comemoração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres.
Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, cerca de 1.000 camponesas da Via Campesina, vindas de várias regiões do estado, ocupam a Usina Central do Paraná, desde as seis horas da manhã, na cidade de Porecatu (norte do Paraná). O ato faz parte da mobilização nacional contra o agronegócio e a violência: por Reforma Agrária e soberania alimentar e denuncia a monocultura da cana e o trabalho escravo.
Cerca de 180 mulheres do MST reocuparam na manhã deste domingo (7/3) pela quinta vez a Fazenda Uberaba, no município de Bonito, brejo pernambucano.
As mulheres estão nesse momento montando acampamento junto com suas famílias. A ação faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, com o tema contra o Agronegócio e contra a Violência: por Reforma Agrária e Soberania Alimentar.
O Jornal Estado de Minas publicou nesta quarta-feita (3/3/2010) extensa matéria, com destaque na capa, tratando da Ocupação Dandara, no bairro Céu Azul, Nova Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Basta ler o título ("Invasão do MST barra obras de casas populares na Pampulha") para concluir que a abordagem feita pelo Jornal ao longo da reportagem possui a clara intenção de colocar a sociedade contra a luta das famílias sem-casa e sem-terra que vivem na Dandara.
Na tarde do último domingo (28/2), um dia após a reocupação da fazenda Capim, acampamento 1º de Novembro, em Inhapi-AL, o assentado José Aparecido Costa da Silva foi abordado por cinco viaturas da Polícia Militar quando se deslocava de sua casa, no assentamento Frei Damião, para o centro da cidade. O agricultor relata que teve suas algemas tiradas dentro da viatura e que passou cerca de três horas rondando pela zona rural de Inhapi, sendo ameaçado de morte e recebendo pressões dos policiais.
O Desembargador e ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, fez um pedido formal nesta terça- feira (2/3) ao Juiz Armindo dos Reis Neto, da Comarca de Porto Franco, no sudeste do Maranhão, para que suspenda a liminar de despejo da Fazenda Lote 7, ocupada há treze anos pelo MST.
Na área, que tem 1,8 mil ha, vivem 75 famílias desde agosto de 1997, produzindo para sua sobrevivência. No local, muitas casas já foram construídas e muitos investimentos foram feitos, como sítios e plantios de culturas perenes.
Os movimentos sociais de Alagoas iniciam uma grande movimentação para pressionar as autoridades pela libertação de José Aparecido, preso no último domingo (28/2) em repressão à reocupação da fazenda Capim, acampamento 1º de Novembro, na zona rural de Inhapi. Em visita do advogado a Cido, o militante se encontrava abatido e relatou que foi mal tratado. As entidades ligadas à luta pelos Direitos Humanos já estão recebendo os alertas.
No último sábado (27/2), cerca de cem famílias ligadas ao MST reocuparam a fazenda Capim, em Inhapi (aproximadamente 275 km de Maceió). As famílias haviam sido despejadas do imóvel por ação da Polícia Militar no dia 2 de fevereiro, quando o governo do estado descumpriu o acordo firmado com o MST e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em dezembro de 2009, durante ocupação da Secretaria de Agricultura.
Acampadas há mais de dois anos, as 40 famílias do acampamento João Sem Terra, em Senador Pompeu, a 240 Km de Fortaleza (CE), receberam nesta segunda-feira (22/2) uma ordem de despejo.
Segundo a direção do MST na região, a área reivindicada pelos trabalhadores e trabalhadoras
tem mais de 2 mil hectares, é improdutiva e está abandonada. Os e as Sem Terra pretendem resistir no local. Desde o início da ocupação, as famílias vêm sendo ameaçadas por jagunços da fazenda.
No Ceará, mais de 1,5 mil famílias vivem acampadas.
Do
Brasil de Fato
“Não vai levantar não, vagabundo? O senhor usa droga?”. Eram 5 horas da manhã, quando a porta de lona e madeira de Gentil Alves, um senhor de 78 anos, era arrancada por quatros homens. Sozinho em seu barraco, ele viu toda a roupa de sua família ser jogada e revirada no chão.
O mês de fevereiro começou quente em Minas Gerais. Afora a temperatura dos termômetros, o clima tem esquentado também nas lutas sociais.
Na última semana, rompeu-se mais uma cerca do latifúndio, com a
ocupação da fazenda Santa Rosa , de 200 alqueires, em plena área urbana de Governador Valadares.
Na madrugada do último sábado (6/2), cerca de 200 trabalhadores do MST reocuparam a fazenda São Francisco II, grilada pelo tenente-coronel aposentado da Polícia Militar Valdir Copetti Neves, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná.
Após a ocupação, o ex-tenente-coronel foi até o local com um grupo de seguranças, fortemente armados, ameaçando os Sem Terra de morte e disparando vários tiros por cima dos barracos. Ninguém foi atingido.
Na manhã da última segunda-feira (1/2), cerca de 150 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra ocuparam a fazenda Santa Rosa, um latifundio situado no município de Frei Inocêncio, no Vale do Rio Doce, com 200 alqueires de terras inutilizadas.
Na ocupação, estão famílias dos municípios de Mathias Lobato, Chonin, Ampruca, Periquito, Governador Valadares, entre outros.
Em Minas Gerais, cerca de 3 mil famílias vivem à espera do assentamento em mais de 40 acampamentos espalhados pelo estado.