“Estamos longe de conquistar a Reforma Agrária e o que se observa é um aumento da concentração da terra e o avanço do agronegócio", disse Marcos Araujo, da dirigente nacional do MST.
Até o momento, os Ministérios da Fazenda de Brasília, Porto Alegre, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba, Palmas, Paraíba, Bahia, Rondônia e Sergipe foram ocupados.
Em todo o país, diversos ministérios da Fazenda estão sendo ocupados para denunciar o corte do orçamento da Reforma Agrária com o ajuste fiscal do governo federal.
Os Sem Terra denunciam a paralisação da Reforma Agrária no país com a realização de uma segunda Jornada de Lutas contra o ajuste fiscal do Governo Federal.
Uma imensa onda vermelha foi formada às margens do viaduto da BR 101, na entrada de Aracaju, de onde saíram em marcha em direção à capital, percorrendo ruas e avenidas em defesa da Reforma Agrária Popular.
"Por meio delas podemos resgatar as práticas das gerações passadas, incentivando as crianças e jovens à produção agroecológica”, destacou Sem Terra durante encontro.
Desta vez foi ocupada a Fazenda Mutum, em Glória D´Oeste. Mato Grosso é um dos Estados com maior índice de concentração fundiária, o que acarreta diversos problemas sociais e ambientais.
A atividade vai ocorrer na área da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, no município de Jaciara, onde cerca de 600 famílias permanecem acampadas, desde a segunda-feira (13).
"Nosso intuito é conscientizar os consumidores sobre a importância da agroecológica e do consumo consciente, pois não adianta os agricultores produzirem se, na ponta, o consumo vai para o capitalismo", explicou Irmã Lurdes.
Para a CPT, este é um momento estratégico para que se ouça os trabalhadores a partir de suas próprias demandas, para construir e fortalecer seu trabalho pastoral nos próximos anos.
Os mais de 2.186 hectares pertencem ao Grupo Agropecuária Vale Rico Ltda. Segundo os Sem Terra, a área apresenta irregularidades de títulos e diversos problemas ambientais.
Em entrevista exclusiva, novo reitor da UFRJ, Roberto Leher, aponta os impactos da lógica mercantilizada sobre a educação brasileira e aponta que como grupos financeiros tentam dominar a educação pública.
Há tempos que os trabalhadores rurais batalham por um centro de formação que atenda os assentamentos da região. A ideia é que se construa uma Universidade Federal Popular.
Milton Fornazieri, do MST, afirmou que é preciso investir na infraestrutura de irrigação, construindo adutoras ou canais que levem água por gravidade, para reduzir os custos com energia.
Para os participantes, é preciso ampliar o debate sobre qual sistema de saúde que se almeja numa perspectiva popular, tanto em relação à tecnologia quanto ao conhecimento.
Gilmar Mauro, do MST, não poupou críticas em relação à morosidade com a Reforma Agrária. "O que podem esperar de nós é a luta, o povo organizado sendo sujeito de sua própria conquista".
No ano em que os Sem Terra tiraram para ser o ano da formação, os desafios e as perspectivas políticas territoriais tem aparecido com ênfase no contexto da luta pela terra.
Além de oferecer alimentos saudáveis e baratos, as feiras agroecológicas que estão acontecendo em toda região do extremo sul da Bahia denunciam os males do agronegócio.
"Espera-se que a inconformidade da CPT seja a de todas as organizações de defesa da terra e da gente da terra, empoderando um protesto nacional de massa capaz de reparar essa injustiça", escreve Jacques Alfonsin.
O tom do debate demonstrou os desafios que os trabalhadores rurais devem enfrentar no atual período. Muitos destacaram o predomínio do empresariado na educação.
Durante reunião, Kassab destacou a importância do programa e que o governo da presidenta Dilma tem o compromisso de não fazer cortes no Minha Casa Minha Vida.
Com atividades lúdicas de educação ambiental, toda a comunidade escolar está participando do processo de construção e manutenção do viveiro batizado de Chico Mendes.
"O novo Código de Processo Civil dá alguma esperança de se diminuir, pelo menos, os péssimos efeitos sociais de decisões judiciais indiferentes àqueles fatores", escreve Jacques Távora Alfonsin.
No Paraná, assentados da reforma agrária que participaram das grandes ocupações que o MST realizou na região nos anos 90, produzem alimentos saudáveis. Agora é a vez de seus filhos, criados nos assentamentos e com desejo de seguir no campo.
A proposta do debate é denunciar os prejuízos do modelo de produção com o uso intensivo de agrotóxicos e apresentar as vantagens da produção de alimentos saudáveis.
O evento faz parte de um compromisso estabelecido, entre a direção nacional do Incra, de visitar às superintendências regionais em todo o país e de se reunir com movimentos sociais.
Desde 2014 cerca de 2.500 mil famílias Sem Terra montaram um acampamento na área, reivindicando a desapropriação da fazenda para fins de Reforma Agrária.
Prêmio da Olimpíada de Português recebido por estudante do Assentamento 8 de Abril, em Jardim Alegre, no interior do Paraná mostra a importância da formação e integração da comunidade.
Ao amanhecer do dia 31 de agosto de 2014, aproximadamente três mil famílias ocuparam uma das 90 fazendas que compõem o grande latifúndio representado pela Agropecuária Santa Mônica.