“As castanheiras lembram... E você?”. Foi dessa forma que aproximadamente 600 pessoas chegaram entoando a frase no ato político, ecumênico e cultural realizado no dia 17 de abril, no domingo pela manhã “na curva do S”.
A CPT de Marabá denuncia que a violência contra os Sem Terra continua no Pará, em nota lançada no dia 17 de abril, quando completou 15 anos Massacre de Eldorado dos Carajás, que deixou 21 Sem Terra mortos em operação da Polícia Militar do Pará.
"O massacre não interrompeu o ciclo de violência conta os trabalhadores. Nesses 15 anos pós massacre 459 fazendas foram ocupadas por 75.841 famílias sem terra em todo o Estado", afirma a nota.
As famílias sobreviventes do massacre de Eldorado dos Carajás, organizadas pelo MST, lançam um manifesto à sociedade paraense e aos órgãos competentes ao assunto para marcar os 15 anos da tragédia, a impunidade dos responsáveis pelas mortes, a consolidação do Assentamento 17 de Abril e da luta pela Reforma Agrária nos últimos anos no estado.
O massacre de Eldorado dos Carajás completa quinze anos neste mês. A tragédia, marcada pelo assassinato de 19 trabalhadores sem-terra, representa o descaso do Estado com a Reforma Agrária e a impunidade aos criminosos.
Para marcar a data, o MST intensifica as ações pela Reforma Agrária no país, com uma jornada nacional de lutas. Na Bahia, desde o primeiro dia do mês o movimento realiza ocupações de latifúndios, marchas e protestos.
Por João Márcio
Da Página do MST
No dia 24 de outubro, 390 famílias do acampamento Dalcídio Jurandir completam dois anos de ocupação na fazenda Maria Bonita, do grupo Santa Bárbara, ligado ao banqueiro Daniel Dantas, em Eldorado dos Carajás (PA). O cenário, antes de pastagem e desmatamento, vai dando lugar à diversidade de plantação. Hoje, os acampados plantam mandioca, batata, mamão, maracujá, arroz, feijão e todos os tipos de hortaliça, além da produção artesanal de farinha.
Por Mayrá Lima
Da Página do MST
Cerca de 200 crianças Sem Terra participam de um dia de formação sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no assentamento Eldorado dos Carajás, Minas Gerais, e no pré-assentamento Oziel Alves 2, em Planaltina (DF).
O encontro acontecerá na próxima terça-feira (12/10) e contará com uma confraternização animada por teatro de bonecos.
A atividade faz parte da Jornada Nacional dos Sem Terrinha.
O massacre de Eldorado dos Carajás completava um ano. Dezenove integrantes do MST haviam sido brutalmente assassinados pela polícia. Em abril de 1997, o fotógrafo Sebastião Salgado, o escritor português José Saramago e o compositor Chico Buarque lançam um livro/cd para relembrar o fato e marcar a importância da luta pelo chão: Terra (Companhia das Letras, 1999).
As fotos de Salgado retratam de forma realista os assentamentos e a vida dos trabalhadores rurais. A introdução, a cargo de Saramago, é dura. Lembra das promessas não-cumpridas do governo brasileiro pela reforma agrária.
Na manhã desta segunda-feira (19/4), cerca de 400 Sem Terra ocuparam a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Teresina, no Piauí.
Foi realizada também uma manifestação em frente ao Ministério da Justiça Federal. Nesta terça (20/4), o MST promove audiência pública na Assembléia Legislativa para discutir a criminalização dos movimentos sociais e o aniversário do Massacre de Eldorado dos Carajás. Na quarta-feira (21/4), os Sem Terra realizam uma ação de solidariedade de doação de sangue na cidade.
Neste sábado (17/4), o MST em Pernambuco promove um ato em homenagem ao Dia Internacional de Luta por Reforma Agrária e aos 19 companheiros mortos em Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996.
A melhor homenagem que se pode fazer a um(a) lutador(a) é seguir lutando. Por isso, a Via Campesina Internacional instituiu o 17 de abril como o Dia Internacional da Luta Camponesa.
Para resgatar a memória dos 14 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás e denunciar a criminalização dos movimentos sociais, entidades amigas do MST promovem um ato público amanhã (17/4), em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
O ato, cuja concentração será às 10h em frente ao Banco do Brasil, pretende ainda prestar solidariedade aos acampados no latifúndio Fortaleza de Sant’Anna, ocupado no final de março.
Lutar pela Reforma Agrária no mês de abril, especialmente no dia 17, está previsto na lei.
Nesta semana, o MST dá início à Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, realizada em memória dos 19 companheiros assassinados no Massacre de Eldorado de Carajás, durante operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, em 1996.
Ao longo do mês, o MST intensifica suas manifestações, com ocupações de terras, ações em prédios públicos e protestos contra a ampliação da concentração de terras no país, com a expansão do agronegócio.
Por Evandro Medeiros*
Nos dias que antecedem a data em que ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás, na tentativa de contribuir para o debate e reflexão sobre a atual conjuntura sócio-ambiental na região sul e sudeste do Pará e objetivando fortalecer a memória e consciência das lutas camponesas ocorridas na região, será realizada no período de 12 a 16 de abril a Semana Camponesa do Campus Universitário de Marabá [UFPA], organizada por professores e militantes das organizações sociais locais que atuam no Fórum Regional em Educação do Campo.
Do blog Vi o mundo Por Conceição Lemes
17 de abril de 1996. Cerca de 1.500 famílias de trabalhadores rurais sem-terra estão acampadas há mais de um mês no município de Eldorado dos Carajás, sul do Pará. Reivindicam a desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira.
Durante três horas, o relator da ONU para o Direito à Alimentação , Olivier De Schutter, pôde presenciar a realidade de um assentamento da Reforma Agrária. A visita ao assentamento Eldorado dos Carajás, em Unaí (MG) fez parte da agenda do relator que, segundo a comitiva que o acompanha, quis conhecer experiências de produção e de estímulo à agricultura familiar como formas de garantir o direito humano à alimentação.
«...Légitimes ils le sont, non par ce qu'ils possèdent mais par leur travail, dans ce monde où le travail est en voie de disparition.
Légitimes ils le sont, parce qu'ils font l'Histoire, dans un monde qui a déjà déclaré la fin de l'Histoire.
Ces hommes et ces femmes sont un contresens parcequ'ils rendent à la vie une sensibilité qui s'est perdue ...»
(« Nouvelle des survivants », Eldorado dos Carajas, 1996)
“...They become legitimate not through their property but through their work, in this world in which work is becoming extinct. They become legitimate because they make History, in a world that has already proclaimed the end of History. These men and women are an absurdity because they bring back to life a feeling that was lost...”
(“News of the survivors”, Eldorado dos Carajás, 1996).
“…Se legitiman no por la propiedad, sino por el trabajo,
en este mundo en que el trabajo está en extinción.
Se legitima porque hacen Historia,
en un mundo que ya proclamó el fin de la Historia.
Esos hombres y mujeres son un contra sentido
porque restituyen a la vida un sentido que se perdió…”
(Noticias de los sobrevivientes”, Eldorado dos Carajás, 1996).
Na manhã desta quinta (20/8), integrantes do MST e de movimentos da Via Campesina se reúnem em Brasília com o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Rocha, para pedir a manutenção da condenação dos responsáveis pelo Massacre de Eldorado dos Carajás.
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deverá julgar na próxima terça-feira (25/08) o recurso apresentado pelo Coronel Mario Colares Pantoja e pelo Major José Maria Oliveira, comandantes do Massacre, que pede a anulação do julgamento em que foram condenados a 228 anos de prisão.
Para o jurista Dalmo Dallari, ao promover, de soldado a cabo, mais de 80 envolvidos no massacre de Eldorado dos Carajás, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), “quis fazer média política”. Segundo ele, “os criminosos têm forte apoio nas tradicionais oligarquias paraenses, que exercem influência sobre o Legislativo e o Judiciário”
A entrevista é de Patrícia Benvenuti e publicada pelo jornal Brasil de Fato. Confira.
Valéria Nader
Correio da Cidadania
O mês de abril, em que tradicionalmente se intensificam as manifestações de movimentos sociais desde o episódio de Eldorado dos Carajás, e que neste ano teve a maior onda de protestos e ocupações do MST desde a chegada de Lula ao poder, trouxe à baila a polêmica sobre a reforma agrária em nosso país. Para comentar a esquizofrênica realidade em que está envolto esse debate, conversamos com o geógrafo aposentado da USP, um dos mentores do I Plano Nacional de Reforma Agrária do governo Lula, Ariovaldo Umbelino.
This dossier focuses on the MST’s tactics and forms of organisation and why it is the only peasant social movement in Brazil’s history that has managed to survive for over a decade in the face of the political, economic, and military power of Brazil’s large landowners
Revista francesa Le Monde destaca trabalho do MST e conflitos fundiários no Pará, mostrando o acampamento Terra e Liberdade em Parauapebas e a luta pela reforma agrária
No marco das comemoração de 40 anos do MST, confira entrevistas sobre a importância da 11ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária Popular (JURA)
“Sua influência é fortíssima e tem um plano de comunicação explicito”, diz Luís Indriunas, editor e roteirista do “De Olho nos Ruralistas”, em entrevista
Obra projetada por Oscar Niemeyer homenageia mártires da luta por Reforma Agrária. Intensa repressão policial que resultou na morte do trabalhador Antônio Tavares e 185 pessoas agredidas
"O MST assusta tanto porque luta para que o Brasil(...) deixe de ser um país periférico, colonizado, marcado por abissal desigualdade social", afirma Frei Betto
Em nota, Movimento repudia espancamento e ameaça de morte por pistoleiros contra Valdinez dos Santos; fato ocorreu em 17 de abril, no marco dos 27 anos do Massacre de Eldorado do Carajás
Abertura nacional da 10ª Jornada Universitária por Reforma Agrária foi realizada nesta segunda (17), no campus Planaltina, com mística e mesa de abertura transmitidas ao vivo pela TV UnB
João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, chama a atenção para o início da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária (Abril de Lutas) que acontece neste mês de abril
"Em todos os amanheceres" de "28 de março, é de 1968 que lembramos, da voz e da luta do estudante secundarista Edson Luís, assassinado pela ditadura-empresarial-militar em um protesto contra o preço da comida no Restaurante Calabouço", no RJ
Crianças e Juventude Sem Terra participaram do encerramento das exposições “Agroecologia, trabalho, direito de existir: a luta das famílias do Acampamento Marielle Vive”
The National Campaign of Struggles in Defense of Agrarian Reform in 2022 is happening from April 8 to the 17th, on the 26th anniversary of the martyrs of Eldorado do Carajás
Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária de 2022 acontece entre os dias 8 e 17 de abril, em memória aos 26 anos dos mártires de Eldorado do Carajás
Nesta quinta-feira (24/6), 300 famílias do MST ocupam uma das fazendas que pertence ao Complexo Cambahyba, após esta ser oficialmente desapropriada para fins de Reforma Agrária pela Justiça
Este sábado (15/5), el Periódico Sin Tierra
cumplió cuatro décadas de publicación y circulación, como instrumento de comunicación popular y contrahegemónica en las luchas y conquistas del MST en el país
This Saturday (15/5), the Sem Terra Newspaper completed four decades of publication and circulation, as an instrument of popular and counter-hegemonic communication in the struggles and conquests of the MST in the country
Neste sábado (15/5), o Jornal Sem Terra completa quatro décadas de publicação e circulação, como instrumento de comunicação popular e contra-hegemônico nas lutas e conquistas do MST no país
Contar a história do JST é contar a história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Esse instrumento de comunicação popular, que chegou antes que o próprio Movimento, foi fruto da mobilização de homens e mulheres que ousaram se organizar e lutar por Reforma Agrária, o JST é um patrimônio da classe trabalhadora, pela sua importância como ferramenta organizativa, informativa e também como documento histórico da luta pela terra no Brasil.
O MST em Minas Gerais realizou doações de alimentos ao povo mineiro durante a Jornada de Lutas da Reforma Agrária Popular, totalizando mais de 11,5 toneladas de alimentos doados
Ação é homenagem às 21 vítimas e aos 69 camponeses mutilados em Eldorado do Carajás e faz parte da campanha nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”
Marmita Solidária e doação de alimentos da Reforma Agrária acontecem em diversas regiões do estado em memória aos mártires do massacre de Eldorado do Carajás